O que almejam as novas gerações?

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O que almejam as novas gerações?

Os Portugueses descrevem-se a si próprios como o Povo dos Brandos Costumes, avessos a convicções muitos fortes e a “dar-se ao trabalho”, se as coisas forem acontecendo pacificamente, melhor. Não quer dizer que as grandes características de um Povo não sejam debeladas pelos traços individuais de cada pessoa, ao invés, quer ilustrar que, indelevelmente, de uma forma ou de outra, nós evitamos emoções fortes.

Ironicamente, historicamente, somos um País de empreendedores. Vivemos, atualmente, na esquizofrenia de nos assumirmos socialistas, mas queremos mesmo é ser capitalistas. Esta maleita, esta crise de identidade, pulveriza o nosso mercado de trabalho de características próprias. Sabendo que o nosso tecido empresarial é maioritariamente composto por micro e pequenas empresas, quedamo-nos incrédulos com a elevada tributação dos rendimentos e do trabalho. O poder político, convenientemente, perpetua o mito de que os patrões não aumentam os salários aos trabalhadores porque querem todos os proveitos para si.

Se temos jovens altamente qualificados, que se formam em Portugal, mas optam por ir trabalhar para o estrangeiro, é porque o nosso mercado de trabalho não é suficientemente competitivo para a Geração “X”. O que almeja a nova geração?

O imediatismo, a mobilidade, a estabilidade emocional e a preservação da vida pessoal. Claro que todos desejamos o mesmo, a diferença é que hoje os jovens acreditam que merecem e não têm medo de se aventurar. O nosso pequeno País deixou de conseguir conter talento, não porque as empresas não queiram ou não precisem de contratar, porque não há quem queira trabalhar.

Já há décadas Linda Evangelista dizia que não se levantava da cama por menos de dez mil dólares.

As empresas são como noivas antes de subir ao altar, tentando aparecer no seu melhor, oferecendo as melhores condições possíveis. As iniciativas de acreditação como “empresa familiarmente responsável” publicitam o cumprimento de índices que agregam uma dinâmica de equilíbrio entre a vida pessoal e o emprego. Sem embargo, a sua adesão em Portugal é fraca e há quem dela duvide.

O problema da enxuta necessidade de imediatismo é atrasar o amadurecimento do crescimento emocional. Os trabalhadores de hoje e do futuro não procuram somente o equilíbrio, procuram a facilidade na obtenção do resultado, a recompensa e o apartamento de qualquer responsabilidade por insucessos ou falhanços.

A educação escolar é importante. A instrução de valores e princípios mais ainda. Podemos apreendê-los através de meios digitais, não há razões para diabolizar a evolução tecnológica. Só temos que compreender que as construções de lego não se fazem num só dia, o mesmo acontece com um carreira profissional.

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